Não Clique Aqui!

Pelo jeito você não resistiu, não conseguiu se conter e entrou neste post. Mas será que você fez isso por curiosidade ou por que não conseguiu evitar? Caso você não esteja 100% certo de sua motivação ao entrar nesse post pode conferir esse site dotclick.it.

No Dontclick.it você não pode clicar mesmo! Esse site traz a tona uma serie de questões interessantes para discutirmos sobre Design de Interação é componentes da aérea de Usabilidade.

É muito difícil fazer algo fácil, não sei por que mas temos a tendência de fazer as coisas o mais complicado possível. Quem já não cansou de ver telas em sistemas como se fossem painéis de controle de aeronaves?




Sim muitos sistemas são assim, a grande questão é Precisa tudo isso na interface?

Na grande maioria das vezes não precisa de tudo isso. Mas isso ocorre por que não gastamos o tempo necessário em Usabilidade quando construímos um software o resultado disso?

Softwares difíceis de se usar e que necessitam de muito treinamento. Quanto mais bem feita a interface menos o usuário deve ter que pensar. A grande questão é que o usuário já tem as suas preocupações, por exemplo imagine um sistema de contabilidade o usuário quer fazer o seu lançamento e não quer ter que pensar como que ele faz isso no sistema.

Quanto menor o número de ações que o usuário tiver que tomar melhor. Quando criamos um software e trabalhamos bem a usabilidade o resultado é uma maior satisfação do cliente, produtividade para o usuário.

A melhor forma de criar uma interface é levar em consideração as experiências dos usuários que vão utilizar a interface, a maneira ideal de se fazer isso é com pesquisa e protótipos. Tudo isso pode ser feito no momento da analise de requisitos do projeto. Enquanto os analista estão elicitando os requisitos você pode ir montando o modelo conceitual de seu sistema.

O modelo conceitual consistem em todas as idéias de design que você irá empregar na interface do sistema esse modelo não se refere apenas a cores, sons e imagens do sistema, mas também a interação entre objetos e pessoas e até mesmo a gestão de erros.

Não adianta nada o usuário ver um NullPointerException ou algo do tipo. Esse tipo de mensagem só assusta o usuário e não o ajuda em nada. Sem falar que diminui a confiança do usuário no sistema.

Aqui no brasil esse tipo de conhecimento de Design esta nas agencias digitais, na TI é muito difícil você achar profissionais focados em usabilidade. Uma empresa pioneira em usabilidade é a Microsoft que tem muitos Engenheiros de Usabilidade trabalhando em seus produtos.

O grande desafio é colocar essas atividades de design em um processo de desenvolvimento de software, o que não é nada fácil. O RUP tem um plugin para experiência do usuário e você pode conferir aqui. Hoje o pessoal que mexe com Usabilidade é meio que como um artista então você tem que suporta-lo com processo mas sem tirar a criatividade do cara.

A Microsoft muitas vezes não tem os melhores produtos do ponto de vista tecnológico ou técnico, por que coisas que os engenheiros se preocupam não são as mesmas coisas que os usuários se preocupam. Ai que entra os Engenheiros de usabilidade da Microsoft. A Google é outra empresa que investe muito em usabilidade, não existe coisa mais simples do que uma caixa de texto e um botão pesquisar.

Para colocar isso em prática em um projeto ainda temos que passar pelas barreiras culturais que são muitas ainda, ainda é difícil colocar uma área de Q.A em uma empresa o que dirá usabilidade.

Mas voltando ao site, uma questão a se pensar é a do click, provavelmente você deve ter clicado mesmo que sem querer no site em algum momento, isso ocorreu por que você já está muito acostumando com esse paradigma, mas e por que os sistemas não poderiam ser feitos sem clicks, poderiam tecnicamente é possível, mas ai não estaríamos aproveitando a experiência do usuário.

Quando não se aproveita a experiência do usuário tudo é mais difícil, hoje em termos de funcionalidade o OpenOffice é tão bom quando o MS Word, mas por que se prefere usar o Word ??? Usabilidade, mas especificamente falando é que o modelo conceitual do Word já é uma experiência do usuário.

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